quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Exposição na Asssembleia Legislativa do Estado de São Paulo

O Atelier do qual eu faço parte, realizou uma exposição na Assembleia Legislativa do ESP.
Foi uma experiencia muito boa para mim e minha colegas escultoras.
Uma experiencia nova, com gente entrando, saindo, perguntando sobre nossas esculturas .
Depois, as entrevistas nos jornais e televisão.
Agradeço especialmente à Helena Donzelli, minha grande amiga, tambem escultora que expos seus trabalhos. Foi ela quem conseguiu que a gente expusesse la, além de Mary Andery, Marilda Godoy e Adelina Rios, outras escultoras que também la expuseram.

Agradeço tambem ao critico de arte e diretor do acervo artistico da Assembleia, Emanuel Massarani, que nos pediu uma peça para fazer parte permanente do acervo artistico da Assembleia.
Transcrevo agora sua critica sobre meu trabalho, o que só fez me animar em minha profissão.Veja tambem a obra escolhida e que está na Assembleia, fazendo parte da exposição permanente em suas galeria.
Esta crítica, saiu no Diario Oficial do Estado de São Paulo.


19/03/2004 14h00

Leya Terranova desenvolveu sua tendência estética exaltando a sensualidade da forma.

Emanuel von Lauenstein Massarani

Obra "A Gorda", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho
A escultura brasileira deve ainda ser descoberta. A crítica tem mostrado um grande interesse para aquelas correntes que espelham a era tecnológica enquanto expressão e símbolo da atual civilização industrial. As intenções são legítimas para invocar uma arte baseada sobre a nova realidade dominada pela automação, para contrapô-la à tradição humanística. Entretanto, não podemos deixar de nos assustar com certas folias vanguardisticas que pouco têm a ver com a escultura.

De há muito existe uma tendência para exaltar a sensualidade da forma, que é uma exaltação da vida. Pintores como Masaccio, Giotto, como Michelangelo, como Piero della Francesca para falar dos antigos. Em todos, vemos uma dilatação das formas. Artistas mais modernos, como Renoir, Ingres e os mais recentes Botero e Henry Moore, dilatam as formas, pintam ou esculpem seres "gordos", para usar uma palavra mais simplória.

A figura humana é a base, de onde se move a escultora Leya Terranova para exprimir o seu mundo. E se o nu, em particular, é a "matéria prima" sobre a qual todos os escultores se cimentam no âmbito dos estudos acadêmicos, exatamente em virtude da pesquisa "escolástica" das formas, tanto mais difícil é o desvincular-se do academismo comum a todos, para dar vida autônoma, ou melhor, tentar uma linguagem nova através de um meio velho de séculos.

A solução a esse problema nos é proposta por essa artista, através de uma nova interpretação do ser humano - em especial a mulher - concebendo inicialmente formas dilatadas e depois em direção às super "inchadas".

A atitude de Leya é a mesma. Na arte contemporânea, onde não existem barreiras, essa característica - que no fundo sempre existiu - torna-se mais espetacular e agressiva, pois em nossos dias existe mais liberdade. Antigamente, além dessa tendência, existia um respeito pela realidade, mesmo dentro de uma determinada tendência estética. Hoje não existe mais essa consideração, porque existe a fotografia que cria o documento de uma situação.

Na obra "A Gorda", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, a escultora sem ser obrigada a respeitar a realidade fotográfica desenvolveu a sua tendência estética, obtendo o resultado espetacular. Particularmente vigorosa foi a disciplina que a guiou para modelar sua figura, porque vigorosos também são os sentimentos humanos pelo tema enfocado.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Grávidas


Leite materno
Essa escultura eu fiz para minha nora, Inaie, quando ela ficou gravida.
Ela significa a mãe que tudo dá para seu filho, (ver o buraco no lugar do seio) e que ao mesmo tempo está sempre se renovando, pronta para começar, começar, quantas vezes for preciso (vide o seio farto)
Tenho muito carinho por essa escultura, pois ela representa uma nova fase de minha vida, a de ser avó, que tantas doçuras me deu.

A bailarina grávida
Esta escultura eu fiz quando soube que minha outra nora, a Renata, estava grávida.
Ela fazia balé, e seu jeitinho era assim, meio timida, delicada.
Acho que consegui colocar nessa escultura, a beleza e tambem porque não? A delicadeza da gravidez.
Me sinto feliz por haver captado esses momentos magicos na minha vida e na vida de minha familia.
São peças que guardarei para sempre, pois elas falam de uma época e de um momento que me marcaram profundamente.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Meus cavalos

Eu, em processo de criação, nunca havia feito uma escultura de cavalo. Sempre o achei um animal extremamente elegante, bonito e de uma plastica perfeita. Criei coragem e la vamos nós.

Eles chegaram da fundição hoje, e logo me encantei com eles. Na argila eles ja estavam lindos, mas agora, fundidos, ficaram especiais para mim.
Acho que consegui passar para a escultura toda a emoção que o cavalo transmite às pessoas.

Pena que a foto não mostre toda a imponencia do cavalo branco, parece querer falar.


Eis o trio juntos. Minhas netas vão adorar, aliás foi para elas que eu os fiz, pois elas todas montam e são malucas por cavalos.
Espero que voces tambem gostem. Até a próxima semana.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fazendo escultura

Queria fazer uma moça antiga. Fui para o papel, desenhei o que eu tinha em mente.
Peguei o concreto celular e risquei o rosto da moça.
Talhadeira e martelo para delinear o rosto. Não esquecer que a pedra tem varias dimensões.
Então, o que está riscado de frente, vai ter lados, orelhas e nuca.

Talhar cuidadosamente o contorno, pois como ja se viu, qualquer erro será fatal. Ai, começar a dar a dimensão e a profundidade para o rosto. Salientar o nariz, olhos bochecha e boca. Começar a dar o contorno, isto é, ir arredondando as faces, boca e cabelo.

A moça ja está quase terminada. Faltam os retoques finais. Retoquei os olhos, a mão e vamos agora dar uma pátina.




Pronto! Eis a moça com cara antiga, que eu tanto queria. Talvez ela nem fique assim, posso mudar a pintura, o tom dos cabelos, dos lábios. mas por enquanto, ela ficará assim, adormecida, sonhando seus belos sonhos cor de rosa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dois para o tango

Nunca havia feito uma escultura que envolvesse um casal. Faria os dois se abraçando? Não, muito comum. Os dois se beijando? Dificil. Teria que passar para a escultura toda a emoção do beijo, teria que ser algo monumental, como o beijo de Rodin, onde a harmonia dos corpos, a sintonia entre os dois teria que ser o resultado lógico de uma emoção cujo gran finale, o beijo, seria a consagração do amor. Até bem pouco tempo ainda não havia resolvido qual emoção eu usaria no casal, fiquei em compasso de espera.
Outro dia vejo um casal dançando tango. Então percebo neles, toda a magia, a sintonia, a atmosfera de sensualidade e acordo implicito entre os dois.
Eles se movem com a música, que é a linguagem comum dos dois, o canal aberto entre seus corações e seus corpos, que se movem como se fosse o prolongamento um do outro, o desejo de um fluindo para o outro, como um rio, procurando pelo mar.
Achei!!!! Farei um casal dançando tango, entregue à sua emoção, ao seu momento. Seria a pose perfeita para mim. E assim fiz, e ai está ela, para voces verem. Espero que gostem.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um raro presente

Tenho uma amiga maravilhosa, chamada Vera. Ela diz que é gente, mas não creio muito. Acho que ela é uma fada disfarçada, pois tudo que ela toca, se transforma em coisas maravilhosas. Cozinhar? É com a Verinha. Costurar? Só a Verinha. Tricotar? Verinha. Bordar, Verinha. E o carinho com as pessoas? E viver para fazer o bem aos outros? Verinha. Meu Deus como eu queria ser sua parente, tal a admiração que sinto por ela. Mas Deus me deu uma colher de chá e deixou-me ser amiga dela. E como sou feliz por isso!
Mas o que eu quero mesmo falar, é dessa flor maravilhosa que voces estão vendo. Chama-se Flor de Liz, é aquela flor simbolo da França.
Pois é, eu disse que ela é uma jardineira de mão cheia? Pois ela é.
A historia desta planta é a seguinte; a avó da Verinha esteve na França e conseguiu trazer, não sei como essa muda de flor de Liz, e tratou com tanto carinho, que a planta vingou. Cresceu, deu flor, e foi passando de geração em geração, até chegar às mãos dela, que voces ja sabem como são.
Estive em sua casa e me encantei com a flor. Pois não é que ontem chego em casa e havia um lindo vaso na portaria. E um cartão : Com todo carinho, Verinha. E hoje o botão está se transformando em flor, e eu me senti duplamente priveligiada, em ter a flor, que amarei muito e por ser amiga desta pessoa encantadora.

Obrigada, amiga este presente raro alegrou meu coração.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A mulher e o vento

Esta escultura, a mulher e o vento, representa o ser humano, sempre lutando contra as adversidades, seja com o tempo, com a vida, o trabalho. A luta constante, instintiva, primitiva e nata no homem, sempre procurando a sobrevivencia e a conquista.
Por isso, representei esta mulher, em sua batalha contra o vento, numa atitude desafiante e vencedora.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tigresa



Essa forma, meio mulher, meio bicho, denominei Tigresa, pela forma e sensualidade da figura, lembrando uma mulher em sua plenitude, ao mesmo tempo algo de felino nela. Fiz duas esculturas, uma em pé, outra deitada, na mesma forma sensual e felina. A Tigresa em pé, foi medalha de honra no Salão de Vinhedo, Exposição Brasil e Cuba.
A Tigresa deitada foi Medalha de Prata, no Salão de Belas Artes em São Carlos.




As Irmãs

Eu chamo isso de saga da familia. Minha familia sempre foi pautada por 2 irmãs fortes. As primeiras foram minhas tias avós, depois minha tia e minha mãe, eu e minha irmã, em seguida minhas primeiras netas, e por ultimo minhas duas ultimas netas. Sempre duas mulheres fortes, irmãs, na familia. Destino? Coincidencia? Quem saberá? Só sei que senti essa necessidade urgente de fazer uma escultura retratando isto. E saiu essa peça premiada com medalha de prata, num salão de Americana. Esta peça foi vendida agora, nesta ultima exposição (maio 2010). Sentirei falta delas, mas como diz uma amiga, sempre poderei faze-las novamente....

terça-feira, 25 de maio de 2010

Deitada em berço esplendido

Esta escultura foi feita especialmente para a Exposição na Australia, Camberra, em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil.
Seu nome "Deitada em berço esplendido" é em homenagem ao nosso verde, ao nosso ouro, e à riqueza de nosso país em alusão ao nosso Hino Nacional.

Aplausos


Continuando minha série de arlequins, este representa-o recebendo os aplausos de uma platéia. Gentil, galanteador, elegante.
Esta escultura encontra-se em Portugal, numa galeria em Setubal, onde houve uma exposição de 15 escultoras brasileiras.
Ela foi exposta em Lisboa, Setúbal e Caldas da Rainha.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Minha Exposição de Esculturas

Dia 10 de maio foi feita uma vernissagem no Antiquario Fakiani, de Campinas, com 14 pintores, e eu como unica escultora. Abaixo, a reportagem que saiu no jornal "CORREIO POPULAR" no dia da Exposição.



quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Arlequim Trovador



Adoro esta figura medieval, que tocava, fazia piruetas, misto de palhaço, cantor, trovador, sedutor.

É para mim, uma fonte inesgotavel de inspiração, e voces vão encontra-lo em varias esculturas minhas.
Sinto ternura por esta figura, que para viver, utilizava todos os recursos para entreter a tão entediada Côrte, com seus membros sem nada por fazer o dia inteiro.

Sua sobrevivencia, dependia da tolerancia deles, que dependendo de seu humor, nem sempre eram gentis e generosos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aconchego materno


Esta foi uma de minhas ultimas esculturas, ainda não vista por ninguem. É feita em concreto celular (http://www.catep.com.br/dicas/CONCRETO%20CELULAR.htm), depois leva uma pátina imitando cobre ou bronze Pode-se fazer com outro tipo de pátina, colocar cores, ou passar uma massa para deixar a peça mais uniforme. Optei por deixa-la mais rústica, com seus furos naturais. Levei alguns meses para fazer, porque não conseguia achar algumas soluções , como como coloca-la em pé, que tipo de base colocar, que material usar, qual a pátina que melhor ficaria.
O concreto celular é facil de trabalhar, mas é preciso estar muito seguro do que se faz, pois uma talhada, ou lixada errada, pode por a perder toda a peça. Além do que, quebra com muita facilidade.
Em minha próxima escultura, estou fotografando as etapas, para mostrar melhor, o andamento dos trabalhos. Me aguardem!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A quiet spot in the garden

Esta é uma das esculturas que tem muito valor para mim.
Ë que eu a fiz quando visitei minha familia (filho, nora e netas) na Nova Zelandia. Estava la eu passando minhas pequenas férias de 45 dias, quando li que ia haver um workshop de pedras no domingo. Acordei e la fui eu. E peguei essa imensa pedra, chamada Uamaru (na lingua Maori) que é muito branca e parecida com marmore.
Fiquei la sozinha fazendo a escultura por 15 dias. Inaie, minha nora é fã de minhas esculturas. Resultado: coloquei no jardim deles e fiquei muito feliz por haver feito isso.
Eternizei nesse gesto, todo meu amor e ternura por eles. E foi assim que ela ficou. No fundo ela sou eu, olhando por eles.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Minha primeira Postagem!

Gente, como estou orgulhosa de mim! Consegui criar um blog! Isso para quem nem sabia o que era um computador! Vige, que loucura. Mas agora posso falar um monte de coisas a um monte de gente, que por enquanto só vai se a Inaie.