quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fazendo escultura

Queria fazer uma moça antiga. Fui para o papel, desenhei o que eu tinha em mente.
Peguei o concreto celular e risquei o rosto da moça.
Talhadeira e martelo para delinear o rosto. Não esquecer que a pedra tem varias dimensões.
Então, o que está riscado de frente, vai ter lados, orelhas e nuca.

Talhar cuidadosamente o contorno, pois como ja se viu, qualquer erro será fatal. Ai, começar a dar a dimensão e a profundidade para o rosto. Salientar o nariz, olhos bochecha e boca. Começar a dar o contorno, isto é, ir arredondando as faces, boca e cabelo.

A moça ja está quase terminada. Faltam os retoques finais. Retoquei os olhos, a mão e vamos agora dar uma pátina.




Pronto! Eis a moça com cara antiga, que eu tanto queria. Talvez ela nem fique assim, posso mudar a pintura, o tom dos cabelos, dos lábios. mas por enquanto, ela ficará assim, adormecida, sonhando seus belos sonhos cor de rosa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dois para o tango

Nunca havia feito uma escultura que envolvesse um casal. Faria os dois se abraçando? Não, muito comum. Os dois se beijando? Dificil. Teria que passar para a escultura toda a emoção do beijo, teria que ser algo monumental, como o beijo de Rodin, onde a harmonia dos corpos, a sintonia entre os dois teria que ser o resultado lógico de uma emoção cujo gran finale, o beijo, seria a consagração do amor. Até bem pouco tempo ainda não havia resolvido qual emoção eu usaria no casal, fiquei em compasso de espera.
Outro dia vejo um casal dançando tango. Então percebo neles, toda a magia, a sintonia, a atmosfera de sensualidade e acordo implicito entre os dois.
Eles se movem com a música, que é a linguagem comum dos dois, o canal aberto entre seus corações e seus corpos, que se movem como se fosse o prolongamento um do outro, o desejo de um fluindo para o outro, como um rio, procurando pelo mar.
Achei!!!! Farei um casal dançando tango, entregue à sua emoção, ao seu momento. Seria a pose perfeita para mim. E assim fiz, e ai está ela, para voces verem. Espero que gostem.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um raro presente

Tenho uma amiga maravilhosa, chamada Vera. Ela diz que é gente, mas não creio muito. Acho que ela é uma fada disfarçada, pois tudo que ela toca, se transforma em coisas maravilhosas. Cozinhar? É com a Verinha. Costurar? Só a Verinha. Tricotar? Verinha. Bordar, Verinha. E o carinho com as pessoas? E viver para fazer o bem aos outros? Verinha. Meu Deus como eu queria ser sua parente, tal a admiração que sinto por ela. Mas Deus me deu uma colher de chá e deixou-me ser amiga dela. E como sou feliz por isso!
Mas o que eu quero mesmo falar, é dessa flor maravilhosa que voces estão vendo. Chama-se Flor de Liz, é aquela flor simbolo da França.
Pois é, eu disse que ela é uma jardineira de mão cheia? Pois ela é.
A historia desta planta é a seguinte; a avó da Verinha esteve na França e conseguiu trazer, não sei como essa muda de flor de Liz, e tratou com tanto carinho, que a planta vingou. Cresceu, deu flor, e foi passando de geração em geração, até chegar às mãos dela, que voces ja sabem como são.
Estive em sua casa e me encantei com a flor. Pois não é que ontem chego em casa e havia um lindo vaso na portaria. E um cartão : Com todo carinho, Verinha. E hoje o botão está se transformando em flor, e eu me senti duplamente priveligiada, em ter a flor, que amarei muito e por ser amiga desta pessoa encantadora.

Obrigada, amiga este presente raro alegrou meu coração.