quinta-feira, 3 de março de 2011

A estória do Arlequim

Alguma coisa, no fundo de minha mente, fez com que eu visse os arlequins de forma muito romantica.
Os Arlequins eram os trovadores, os poetas, os galanteadores, que os nobres da Côrte precisavam para amainar-lhes o tédio.

Então, o arlequim vestia-se de uma forma diferente, para destacar-se no meio dos nobres elegantes vestindo por isso, roupas espalhafatosas, que os fizessem rir, distrair-se.

E isso o tornou unico, conhecido, amado por uns, odiado por outros.
O Arlequim tinha livre transito na Côrte, podendo-se imaginar as coisas que sabia, as coisas que ele fazia, os bilhetes enviados em segredos, os cochichos nos cantos, a cumplicidade com quem ele servia. Era seu modo de sobreviver às intrigas e ao temperamento, nem sempre facil, de quem ele convivia.

Na minha imaginação, vejos os arlequins correndo livremente pelos salões, empunhando seu alaúde, cantando para os casais de enamorados, ele próprio, talvez apaixonando-se por uma formosa donzela, suspirando pelos cantos e cantando como nunca o seu belo amor impossivel.

Vejo, sobretudo, no Arlequim, um triste, cuja obrigação é ser alegre e alegrar a quem o rodeia, ser sempre um pobre convivendo com os ricos, recebendo deles o que eles queriam dar, que as vezes nem sempre eram palavras boas ou alegres, ou de afeição.

Escolha seu Arlequim preferido, e procure descobrir o porque dessa escolha.
O mais bonito? O mais triste? O mais alegre? Qual foi o que te falou ao coração?
Compartilhe comigo a sua ideia de Arlequim.

Um comentário:

  1. Leya, o texto e bom, mas as fotos poderiam muito bem ser dos seus arlequins maravilhosos...eles sao muito mais bonitos e interessantes que esses!!

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